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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Música e Movimento em Sala de Aula!


É dançando que a gente aprende

Introdução
Não há dúvida que as crianças pequenas adoram se movimentar.
Elas vivem e demonstram seus estados afetivos com o corpo inteiro: se estão alegres, pulam, correm e brincam ruidosamente. Se estão tímidas ou tristes, encolhem-se e sua expressão corporal é reveladora do que sentem.
Henri Wallon nos lembra que a criança pequena utiliza seus gestos e movimentos para apoiar seu pensamento, como se este se projetasse em suas posturas. O movimento é uma linguagem, que comunica estados, sensações, idéias: o corpo fala.
Assim, é importante que na Educação Infantil o professor possa organizar situações e atividades em que as crianças possam conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo.

Objetivos
- Conhecer e valorizar as possibilidades expressivas do próprio corpo
- Comunicar, através do movimento, emoções e estados afetivos

Conteúdos
Expressividade / Dança

Ano
2 a 6 anos

Tempo estimado
20 a 30 minutos

Material necessário
Pedaços de tecido leve (quadrados de 50x50 cm)
Aparelho de som

Espaço
Uma sala grande. Se não houver um espaço sem móveis, prepare a sala antes, afastando mesas e cadeiras, privilegiando o espaço central. A música é muito importante e a cada momento da atividade vamos apresentar uma sugestão.

Desenvolvimento da atividade
As crianças e você também - devem estar descalças e usando roupas confortáveis!
1) Comece reunindo as crianças. A música pode ser alegre, como A Canoa Virou (Palavra Cantada, CD Cantigas de Roda). Sentados no chão numa grande roda, com as pernas estendidas, proponha que brinquem de massa de pés: todos devem chegar para a frente arrastando o bumbum até que os pés de todos se toquem. Os pés se agitam se acariciam, ora mais lentamente, ora mais rapidamente.
Você pode enriquecer a brincadeira, sugerindo:
- O meio da roda é uma piscina!
- O meio da roda é uma grande gelatina!
- O meio da roda é um tapete de grama!
2) Peça que todos se deitem no chão. Coloque uma música no aparelho de som. É importante que seja uma música alegre, que estimule as crianças a se movimentar, porém sem excitá-las demais. Sugestão: Loro (Egberto Gismonti, CD Circense). Não se esqueça que, para as crianças pequenas, o entorno simbólico é muito importante para a atividade. Diga a eles que a sala vai se transformar numa grande floresta e todos serão habitantes dela...
Todos os bichos estão dormindo. Aos poucos, vão acordar.
Primeiro todos serão aranhas, que andarão com o apoio dos pés e das mãos no chão...
Depois se transformarão em minhocas, arrastando-se pelo chão com a lateral do corpo...
Logo serão cobras, arrastando-se pelo chão com o apoio da barriga...
Tatus-bola, que com um movimento de abrir e fechar sua casca percorrerão a floresta...
Leões, tigres, leopardos, de quatro patas pelo chão...
Coelhos que andam pelo espaço com pulos pequenos e cangurus que percorrem a floresta com pulos grandes e largos...
Passarinhos que batem suas asas bem pequeninas e águias que voam lá do alto com suas asas enormes e bem abertas...
3) Distribua para as crianças os pedaços de tecido coloridos, um para cada um. É importante que eles sejam leves e que produzam movimento ao serem agitados pelas crianças. Deixe que elas explorem a sala manipulando os pedaços de tecido. Sugira que as crianças pintem a sala com os tecidos, como se fossem pincéis. A sala toda tem que ficar pintada o chão, as paredes, o teto. Diga às crianças que nenhum pedaço da sala pode ficar sem pintar. Sugestão de música: Peixinhos do Mar (Milton Nascimento, CD Sentinela).
4) Sempre ao som de uma música (por exemplo Fome Come, da Palavra Cantada, CD Canções de Brincar), sugira uma brincadeira que as crianças adoram: peça que joguem os tecidos para cima e a os peguem, a cada vez, com uma parte diferente do corpo:
- com a cabeça
- com a barriga
- com o braço
- com o cotovelo
- com os pés
- com as costas
- com o bumbum
- com as palmas das mãos etc.
5) Para terminar, um gostoso relaxamento. Sugestão de música: Palhaço (Egberto Gismonti, CD Circense).
Organize as crianças em duplas e ofereça a elas uma bolinha de algodão ou mesmo um rolinho de pintura, como os usados nas atividades de Artes Visuais. Enquanto uma criança fica deitada, a outra deve acariciar seu rosto e partes do seu corpo com o algodão ou o rolinho. Isso deve ser feito com suavidade e cuidado, e possibilita uma interação muito especial das crianças, que, assim, cuidam umas das outras após uma atividade movimentada.

Avaliação
O recém-publicado documento Orientações Curriculares Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas para a Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo observa que a avaliação que mais deve interessar o professor não é aquela que compara diferentes crianças, mas a que compara uma criança com ela mesma, dentro de certo período de tempo. Assim, o professor tem na observação o melhor instrumento para avaliar a aprendizagem dos pequenos: eles participaram da atividade? Em qual momento se envolveram mais? O que foi mais desafiador para cada criança? E para o grupo? Essas e outras perguntas ajudam inclusive o professor a planejar as próximas atividades, mantendo ou modificando suas propostas dentro do campo de experiências do Movimento para as crianças.




Fonte: revista Nova Escola

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

SUGESTÕES SOBRE OS NÍVEIS


Pré -Silábico:

• Trabalhar com nomes próprios;
• alfabeto móvel (montar palavras de alguma poesia já conhecida pelos alunos);
• escrita espontânea '' listas'' (frutas, animais, objetos...);
• seqüência alfabética;
• quebra-cabeça de palavras (nomes, frutas, animais...);
• recorte e colagem de palavras;
• rótulos;
• parlendas e quadrinhas;
• observação de quantidade de letras entre palavras grandes e pequenas.

Silábico:

• Quebra-cabeça com palavras (poesias, parlendas. ..);
• jogo da memória;
• trabalhar palavras chaves, contar letras e sílabas;
• jogo da forca;
• bingo de palavras;
• alfabeto móvel; receitas;
• escrita espontânea;
• músicas, poesias, adivinhas;
• dicionário ilustrado.Silábico-Alfabético:
• Textos coletivos; acrósticos;
• cruzadinhas;
• caça-palavras;
• textos, músicas, parlendas, quadrinhas fatiados.

Alfabéticos:

• Textos coletivos;
• escrita e leitura de textos diversos;
• cruzadinha com desafios, bilhetes, montar livro com estrofes de poesias;
• notícias; criar histórias a partir de outras.
Outras idéias...Uma atividade legal também é o ditado (de criança para criança), onde podemos trabalhar as duplas produtivas.

Duplas produtivas
• Pré-silábicos com silábicos com valor
• Silábicos com silábicos alfabéticos
• Silábicos com alfabéticos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Contato Com Diferentes Textos.

-É sempre possível alargar as possibilidades de integração e participação ativa na cutura escrita, pela ampliação a convivência e do conhecimentoda lingua escrita.
O contato com diferentes textos poderá proporcionar aos alunos vivências e conhecimentos:
*dos espaços de circulação dos textos;
*dos espaços institucionais de amnutenção (bibliotecas, livrarias,bancas,etc.);
*das formas de aquisição e acesso ao texto;
*dos diversos suportes da escrita;
*dos instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito (lapis, caneta,cadernos ,jornais,etc).
Trabalhar conhecimentos, capacidades e atitudes envolvidas na compreensão dos usos e funções sociais da escrita implica, em primeiro lugar, trazer para sala de aula e disponibilizar, para observação e manuseio pelos alunos, muitos textos, pertencentes a gêneros diversificados, presentes em diferentes suportes.


Adivinhações, cantigas de roda, parlendas, poesias, quadrinhas e trava linguas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dislexia




A dislexia na sala de aula
A escritora Agatha Christie costumava ditar suas histórias para uma secretária. O físico Albert Einstein só foi alfabetizado aos nove anos. O que eles têm em comum? Ambos sofriam de dislexia, um transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. Esse problema atinge entre 5 e 17% da população mundial e é o distúrbio de maior incidência em sala de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). O disléxico tem dificuldade para fazer a relação entre os sons e sua representação visual, discernindo letras, sílabas e palavras. Com isso, escrever, ler, soletrar e compreender a escrita são tarefas árduas para eles, que acabam muitas vezes sendo tratados como incapazes ou preguiçosos. Trata-se de um grande engano, pois o problema nada tem a ver com má alfabetização, desatenção ou pouca inteligência. Também não é considerado doença, mas um transtorno que necessita de métodos diferentes de aprendizado. "A dislexia não está relacionada à inteligência. Pelo contrário, os disléxicos apresentam inteligência normal ou, como ocorre muitas vezes, até mesmo acima da média", explica a fonoaudióloga e coordenadora técnica da ABD, Maria Ângela Nogueira Nico. Hoje já se sabe que o distúrbio depende de uma condição hereditária, que apresenta alterações genéticas até mesmo no padrão neurológico. Segundo Maria Ângela, pesquisas recentes apontam que o problema estaria ligado a determinados cromossomos, responsáveis pela associação da representação visual das sílabas aos seus sons. "Isso explica também a hereditariedade do problema", afirma a fonoaudióloga. Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia .