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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dislexia




A dislexia na sala de aula
A escritora Agatha Christie costumava ditar suas histórias para uma secretária. O físico Albert Einstein só foi alfabetizado aos nove anos. O que eles têm em comum? Ambos sofriam de dislexia, um transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração. Esse problema atinge entre 5 e 17% da população mundial e é o distúrbio de maior incidência em sala de aula, segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD). O disléxico tem dificuldade para fazer a relação entre os sons e sua representação visual, discernindo letras, sílabas e palavras. Com isso, escrever, ler, soletrar e compreender a escrita são tarefas árduas para eles, que acabam muitas vezes sendo tratados como incapazes ou preguiçosos. Trata-se de um grande engano, pois o problema nada tem a ver com má alfabetização, desatenção ou pouca inteligência. Também não é considerado doença, mas um transtorno que necessita de métodos diferentes de aprendizado. "A dislexia não está relacionada à inteligência. Pelo contrário, os disléxicos apresentam inteligência normal ou, como ocorre muitas vezes, até mesmo acima da média", explica a fonoaudióloga e coordenadora técnica da ABD, Maria Ângela Nogueira Nico. Hoje já se sabe que o distúrbio depende de uma condição hereditária, que apresenta alterações genéticas até mesmo no padrão neurológico. Segundo Maria Ângela, pesquisas recentes apontam que o problema estaria ligado a determinados cromossomos, responsáveis pela associação da representação visual das sílabas aos seus sons. "Isso explica também a hereditariedade do problema", afirma a fonoaudióloga. Maria Ângela Nogueira Nico, fonoaudióloga, psicopedagoga clínica e coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia .

8 comentários:

elisabeth prates disse...

Daí surge a necessidade de levarmos em conta cada vez mais as múltiplas inteligências de Gardner, a arte de pensar de Vigotsky, a inteligência emocional de Golemam e até o construtivismo de Piaget. E no livro Pais Brilhantes- Professores Fascinantes de Augusto Cury,torna-se claro através de técnicas que ocasionam mudanças no ambiente social e psíquico de alunos e também de professores. (pág. 119).Elas objetivam a educação da emoção, a educação da auto-estima, o desenvolvimento da soliedariedade, tolerância, segurança, raciocínio esquemático, da capacidade de gerenciar pensamentos nos focos de tensão, da habilidade de trabalhar perdas e frustrações. Enfim, formar pensadores. Elisabeth prates.

MARISA disse...

Precisamos primeiro saber da existência delas com leitura e estudo(como fizeste) e depois identificálas nas crianças; é muito interessante. Esta é averdadeira educação tão falada...

Anônimo disse...

gostei deste texto pois nos dá uma idéia melhor sobre deslexia, desculpa por não ter particiapdo muito é que viajei sem net e tinha perdido o enderço mas o blog ta lindo

Liliane Morcinek disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Liliane Morcinek disse...
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Liliane Morcinek disse...

Dislexia

”O disléxico precisa olhar atentamente, ouvir atentamente,
atentar aos movimentos da mão quando escreve e prestar atenção aos movimentos da boca quando fala.
Assim sendo, a criança disléxica associará a forma escrita de uma letra
tanto com seu som
como com os movimentos da mão para escrevê-la.
O aprendizado deve ser feito de forma sistemática e cumulativa.
Sendo ainda cada caso um caso específico,”(NICO)
O não saber ler na sociedade contemporânea remete ao questionamento do que seja justiça social.
Assim, o não saber ler traz consigo o estigma da ignorância, do analfabetismo. Situação esta que nos remete a um problema social alarmante que pode e deve ser falado ,debatido ,para que possamos resolve-lo.
Cabe ao educador, como agente de transformação, conhecer as possíveis causas desta problemática que assola a população escolar.
Então, no que diz respeito à sua formação, é indiscutível a necessidade de aprofundar seus conhecimentos para com as dificuldades de aprendizagem que seus alunos possam apresentar. Evitar, deste modo, o comprometimento do processo cognitivo dos mesmos já que não aprender a ler poderá, certamente, convergir para uma imaturidade social, empobrecimento das vivências e experiências individuais. É função do profissional da educação conhecer e reconhecer tais instâncias, para formar cidadãos crítico-reflexivos que logrem uma leitura de mundo adequada.
Vygotsky afirma que a relação dos indivíduos com o mundo não é direta, mas mediada por sistemas simbólicos, onde a linguagem ocupa um papel central, pois além de possibilitar o intercâmbio entre os indivíduos, é através dela que o sujeito consegue abstrair e generalizar o pensamento (apud Graidy 1998 p 25 in Oliveira, p.27).
Segundo Damilano (2005) dentre as características apresentadas por uma pessoa com dislexia, podemos citar a lentidão para realizar uma leitura, os problemas de compreensão da leitura, as dificuldades em desenvolver operações matemáticas, as dificuldades em fazer redações, as dificuldades em diferenciar direita e esquerda, etc...
Há atividades que a criança não é capaz de realizar sozinha, mas poderá conseguir caso alguém lhe dê explicações, demonstrando como fazer. Essa possibilidade de alteração no desempenho de uma pessoa pela interferência da outra é fundamental em Vygotsky. Para este autor, a zona de desenvolvimento proximal ou potencial consiste na distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial.
Cabe a nós professoras intervir na zona de desenvolvimento potencial do aluno, provocando avanços que não ocorreriam espontaneamente.
A perspectiva teórica do sócio-interacionismo destaca o papel do adulto frente ao desenvolvimento da criança, cabendo-lhe proporcionar experiências diversificadas e enriquecedoras, a fim de que as crianças possam fortalecer sua auto-estima e desenvolver suas capacidades. Estudos de Vygotsky dizem que a apropriação da escrita, como qualquer prática de linguagem, se dá por espaços de interlocução entre um eu sujeito-aprendiz e um outro sujeito-mediador, integrados por relações sociais.
Rotta (2006), afirma que:
“ as diferenças estruturais entre o cérebro das pessoas com dislexias e o das pessoas sem dislexia concentram-se fundamentalmente no plano temporal. Além da simetria incomum dos planos temporais, o cérebro de leitores disléxicos tem alterações na citoarquitetura e alterações do cerebelo e suas vias. Isso ocorre provavelmente porque houve algum tipo de agressão nos primeiros estágios do desenvolvimento. Finalmente, os neurônios de tecido cerebral dos leitores disléxicos parecem ser menores que a média, pelo menos em algumas áreas de cérebro (por exemplo, o tálamo). O tamanho menor dos neurônios talâmicos pode muito bem estar ligado às anormalidades tanto do sistema visual quanto no sistema auditivo de indivíduos com dislexia. O estudo de Galaburda e colaboradores, em 2001, demonstraram experimentalmente que as alterações na citoarquitetura do córtex temporal e dos tálamos determinam um processamento lento dos sons”.
Retirada da monografia de dificuldades de aprendizagem de
Liliane Moreira Morcinek e Mirian Cristina Severo Rodrigues
Orientador Profº dr.José Padilha Damilano.
UFSM

Débora de Mello Rodrigues disse...

Olá Marisa e colegas.
Gostei muito deste texto Dislexia, já tinha lido alguma coisa a respeito.O texto está claro e objetivo. Li o livro - A evolução psicolinguistica e suas implicações na alfabetização- de Clarissa S. Golbert, é bem interessante,onde tem teoria, avaliação e reflexões e nos ajuda a compreender melhor o desenvolvimento e dificuldades de nossos alunos.

monica erani balboeno disse...

Oi, ao contrário das colegas não li quase nada sobre o assunto.Agora, lendo essa matéria vi a importãncia de sabermos mais sobre ele, porque ás vezes temos esse "problema" mais perto do que pensamos e não nos damos conta.Se as colegas tiverem algum material para leitura me emprestem, valeu!Obrigada.